Pedido reúne argumentos apresentados em outros 123 pedidos de impeachment, além de denúncias de corrupção na compra de vacinas
Foi protocolado nesta quarta-feira, 30, na Câmara Federal o chamado "superpedido" de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Participaram da elaboração do projeto partidos políticos, parlamentares, entidades da sociedade civil e movimentos sociais. O pedido reúne argumentos apresentados em outros 123 pedidos de impeachment contra Bolsonaro já protocolados.
Os pedidos anteriores apontam, principalmente, para suspeitas de interferência do presidente na Polícia Federal com o interesse de proteger familiares contra investigações; quebra de decoro e ataques à imprensa; participação em manifestações antidemocráticas; omissão no combate ao coronavírus; entre outras acusações.
De novidade, o superpedido acrescenta as denúncias de irregularidades na compra da vacina Covaxin, além de uma suposta omissão de Bolsonaro ao ser avisado sobre o caso com antecedência.
O pedido ganhou mais fôlego um dia após o jornal Folha de São Paulo publicar uma denúncia de um suposto esquema de propina que aconteceria caso o governo fechasse acordo na compra da Covaxin. No depoimento de um dos representantes da empresa, membros do Ministério da Saúde teriam solicitado a quantia de 1 Dólar por vacina para que a compra fosse oficializada.
Ademais, três senadores da CPI da Covid enviaram nessa segunda-feira uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a abertura de inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação. O pedido foi encaminhado ao gabinete da ministra Rosa Weber, que abriu prazo para a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitir parecer.