O retorno das aulas presenciais na rede municipal, previsto para ocorrer a partir do próximo dia 10/08, ou seja, na terça-feira da semana que vem, é antecedido por uma polêmica, a partir do anúncio feito pelo Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino de Anápolis (SINPMA), em relação a uma greve da categoria, no dia 09.
Conforme foi divulgado pela direção do Sindicado, a “greve geral” foi deliberada em assembleia virtual da categoria, realizada na terça-feira (03).
A presidente do SINPMA, professora Márcia Abdala, destaca que a categoria quer continuar trabalhando, porém, defende que enquanto o esquema vacinal não estiver completo, ou seja, com a segunda dose ministrada nos profissionais, que permaneça o sistema remoto.
Conforme a divulgação do sindicato, os professores teriam relatado, durante a assembleia virtual, as “péssimas condições estruturais e sanitárias das unidades escolares do Município”.
Além disso, o sindicato ainda aponta que o número de registros de casos da doença ainda permanece alto em Anápolis. O que, portanto, exige ainda cuidado e atenção.
Contraponto
A reação sobre a decisão da greve veio por parte do vereador Jakson Charles (PSB), que é o líder do Executivo na Câmara Municipal.
O primeiro contraponto apresentado pelo parlamentar foi com relação à questão estrutural e de segurança.
Jakson Charles afirma que a Prefeitura investiu mais de R$ 6 milhões este ano no setor educacional, sendo que desse montante, em torno de R$ 1,9 milhão foi através do Programa de Autonomia Financeira das Instituições Educacionais (Pafie), para aquisição de equipamentos de segurança.
Ainda, cita o vereador que Anápolis largou na frente em Goiás, na vacinação dos professores, que começou no mês de maio, sendo que muitos já completaram o esquema de imunização, com a segunda dose.
O vereador lembra que os professores que porventura ainda não tenham recebido a segunda dose, deverão recebê-la no dia 09 e as aulas começaram um dia depois, mas com todos os protocolos de segurança sanitária.
“Por conta de um dia, há necessidade de uma greve?”, questionou o líder, que considera a medida do sindicato “irresponsável” e não representativa- na sua avaliação- de toda a categoria.
Foco na volta
No final da manhã, a secretária municipal de Educação, Eeerizania de Freitas concedeu entrevista à imprensa para falar sobre a decisão do sindicato.
A secretária ressalta que o calendário para o retorno das aulas presenciais está mantido para o início da próxima semana, obedecendo todos os protocolos de segurança sanitária.
Ela frisa que o foco da pasta está todo voltado para esse retorno e que questões outras relacionadas com a greve, serão analisadas e tratadas por meio da Procuradoria Geral do Município.
Ainda, ressalta que a volta às aulas presenciais é um desejo maciço dos alunos, dos pais e também dos professores. E que tudo está planejado, com muito critério, para que o retorno das aulas ocorra de forma exitosa.
(Com informações do Jornal Contexto)