A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) promoveu nesta quarta-feira (14/9), na Casa da Indústria, sabatina com governadoriáveis. O presidente da Fieg, Sandro Mabel, esteve presente na abertura do evento e destacou a importância de a Federação proporcionar a oportunidade de os candidatos explicarem suas propostas de governo com público-alvo integrante do setor produtivo – acompanharam a sabatina presidentes de sindicatos, diretores, gestores do Sistema Indústria e convidados. Dos quatro postulantes ao cargo mais bem colocados na corrida eleitoral, comparecem três – Gustavo Mendanha (Patriota), Wolmir Amado (PT) e Major Vitor Hugo (PL).
Primeiro candidato a ser sabatinado, Gustavo Mendanha atribuiu sua vontade de ser o próximo governador do Estado de Goiás à “necessidade de resolver os milhares de problemas gerados pelo atual governo”. O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia exemplificou com a precariedade das rodovias goianas. “Cerca de 50% das rodovias goianas estão em estado precário. Bonópolis, cidade do Norte goiano, não tem acesso de rodovia asfaltada. Temos mais 1.500 km de rodovia que estão situação de calamidade. Não houve planejamento no atual governo, não houve diálogo. Nós estamos propondo um programa de governo com parcerias de investimento. Os fazendeiros, os empresários que quiserem fazer investimentos em infraestrutura terão como abater isso em seus impostos.”
Sobre qualificação profissional, problema crônico enfrentado pelo setor produtivo, Gustavo Mendanha anunciou intenção de ampliar os investimentos no Sistema S. “O Sistema atua com excelência na qualificação profissional e nós ajudaremos no que for possível.” O candidato defendeu uma agenda permanente com o setor produtivo. “Nós temos que promover o diálogo e, dentro do que a legislação permite, proteger as indústrias e promover o desenvolvimento”.
Mendanha se disse totalmente contra a adesão de Goiás ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), a que recorreu o atual governo, e assegurou que, se eleito, vai trabalhar desde o primeiro dia para reverter a situação e, assim, alavancar incentivos, diminuir impostos e facilitar o desenvolvimento de Goiás.
O candidato defendeu a estratégia de parcerias público-privadas, no que aposta para viabilizar investimentos e mudar a realidade de regiões menos favorecidas, como o Norte e Nordeste do Estado.
Outra proposta dele é a regionalização da saúde. “Nós temos um Estado onde que as pessoas sofrem muito para ter acesso à saúde de qualidade. Além de Goiânia, Goiás só tem três cidades que atendem a casos de alta complexidade – Aparecida de Goiânia, Anápolis e Senador Canedo. As pessoas têm que percorrer longas distâncias para conseguir tratamento. Na nossa proposta de governo, vamos regionalizar a saúde e promover parcerias com hospitais privados para oferecer tratamento digno a nossa população.”