Atleta morreu hoje aos 82 anos
Diversos políticos brasileiros prestaram homenagens a Pelé, por meio de suas redes sociais, após a notícia da morte do Rei do Futebol ocorrida hoje (29/12), aos 82 anos. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que tomará posse no próximo domingo (1º), enalteceu o jogador em uma série de quatro postagens.
"Poucos brasileiros levaram o nome do nosso país tão longe feito ele. Por mais diferente do português que fosse o idioma, os estrangeiros dos quatros cantos do planeta logo davam um jeito de pronunciar a palavra mágica: 'Pelé'", escreveu em uma delas.
Lula disse que teve o privilégio que brasileiros mais jovens não tiveram: ver Pelé ao vivo no estádio, tanto no Pacaembu como no Maracanã. E brincou que o jogador lhe fazia raiva quando enfrentava o Corinthians.
O presidente eleito também manifestou sua admiração e lembrou outros atletas que já morreram. "Foi fazer tabelinha no céu com Coutinho, seu grande parceiro no Santos. Tem agora a companhia de tantos craques eternos: Didi, Garrincha, Nilton Santos, Sócrates, Maradona. Deixou uma certeza: nunca houve um camisa 10 como ele. Obrigado, Pelé", concluiu.
A reverência ao atleta mobilizou outras lideranças da política brasileira. O presidente do Congresso e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), afirmou que ele "foi mais magistral jogador de futebol que o mundo viu nos gramados e que elevou o nome do Brasil por onde passou". Destacou ainda que ele "interrompeu guerras e conflitos com a bola nos pés e a mensagem da paz".
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), disse que o jogador dignificou o Brasil e seu povo e que "o homem Pelé nos deixa, mas que o eterno Pelé viverá para sempre".
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, publicou nota em nome da Corte prestando homenagem. Ela classificou o jogador como "um artista da bola, que encantou gerações e gerações com seu talento". Ela desejou conforto aos familiares e amigos e afirmou que Pelé continuará sendo referência mundial.
O presidente Jair Bolsonaro não se manifestou por meio de suas redes, mas o governo federal publicou uma nota. "Pelé, o Rei do Futebol, foi um dos maiores atletas de todos os tempos. O único tricampeão mundial demonstrou por suas ações que, além de grande atleta, foi também um grande cidadão e patriota, elevando o nome do Brasil por onde passou. O presidente da República, Jair Bolsonaro, roga a Deus que o receba em Seus braços e dê força e fé a toda a sua família e amigos para superar esse difícil momento".
O governador eleito de São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que Pelé reinou como o maior de todos os tempos. "Está eternizado nas minha melhores lembranças e na camisa autografada que eu tive a honra de receber. Descanse em paz".
Indicada para assumir o Ministério do Esporte no próximo governo, a ex-jogadora de vôlei e medalhista olímpica Ana Moser lembrou que Pelé foi o primeiro a comandar a pasta, criada em 1995 durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Ela manifestou sua tristeza, acrescentando que fica sua admiração e respeito. Segundo Ana Moser, Pelé representou a qualidade e a força do povo brasileiro. "Quis o destino que no mesmo dia em que fui anunciada para o Ministério do Esporte, cadeira que primeiramente foi dele, há 24 anos, Pelé nos deixa".
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também prestou suas homenagens. "Além de ter sido consagrado como uma lenda do esporte mundial, Pelé foi homem público exemplar, leal a seus princípios, valores e ao nosso país. Perdemos todos com sua partida", escreveu, acrescentando que o atleta é motivo de orgulho e símbolo incontestável da nação.
A prefeitura de Santos, cidade do clube em que o jogador se consagrou, decretou luto oficial de três dias. "Pelé, você é eterno e sua história de amor com a cidade vai continuar! Santos será eternamente grata a essa figura incomparável, que proporcionou tantas alegrias em campo! Descanse em paz, Sua Majestade", publicou o perfil oficial do município ao anunciar a medida.