Uma das vítimas, residente no estado de Goiás, teve prejuízo de R$ 200 mil. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de prisão na capital paulista.
A Polícia Civil de Goiás, por meio da 4ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Goiânia, com apoio da Polícia Civil de São Paulo, deflagrou nessa quarta-feira (27) a Operação Alquimia. A operação foi deflagrada na capital paulista e trata-se de investigação envolvendo um grupo criminoso internacional voltado à prática de estelionatos de grande magnitude. O grupo é especializado na prática do golpe conhecido internacionalmente como “dinheiro negro”.
O crime foi perpetrado por estrangeiros (oriundos de Camarões), os quais simulavam ter o conhecimento necessário para transformar papel – até então branco – em dinheiro vivo, através de processos químicos de pigmentação por contato. Ao mostrar essa aptidão para as vítimas, elas, maravilhadas com o processo, aceitavam trocar parte de sua propriedade em estabelecimentos comerciais pelo investimento oriundo desse processo de multiplicação de valores.
Os suspeitos alegavam que, para que tal processo fosse bem-sucedido, era necessário ter acesso a dinheiro real das vítimas e, quando isso acontecia, os estelionatários tomavam posse dos referidos valores e entregavam para a vítima notas grosseiramente falsificadas e/ou papel comum em uma maleta que não podia ser aberta, em razão do suposto processo químico. Quando a vítima abria a mala, tempos depois, descobria que tinha sido vítima de uma fraude.
Ao longo das investigações, foi possível detectar que o grupo movimentou grande volume de dinheiro, bem como causou prejuízo patrimonial de R$ 200 mil para uma das vítimas residentes no estado de Goiás, além de outros golpes (ao redor do país) praticados pela organização criminosa, desvelando um esquema milionário de estelionatos perpetrados por tal grupo.
Mais de 10 mandados foram expedidos pela 1ª Vara de Crime Organizado da capital, sendo que, ao longo das diligências, milhares de reais (em notas falsas) foram apreendidos na casa de um dos suspeitos, o camaronês Maxime Nicasei, o qual, inclusive, foi preso preventivamente ao longo da operação. O líder do grupo, Arouna Nsangou, com mandado de prisão preventiva em seu desfavor, já se encontrava encarcerado em São Paulo, porém, com nome falso.
A divulgação da imagem e identificação do(s) preso(s) foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, conforme Despacho do(a) Delegado(a) de Polícia responsável pelo inquérito policial, de modo que a publicação de sua imagem possa auxiliar no surgimento de novas vítimas que façam seu reconhecimento, bem como para auxiliar na descoberta de outros delitos eventualmente praticados pelos autores.