O Podemos anunciou na noite desta sexta-feira (05/8) seu apoio à candidatura de Simone Tebet (MDB) à Presidência da República. Com a confirmação desse apoio, o MDB tem agora três partidos na aliança pela candidatura de Simone Tebet: o PSDB, o Cidadania e o Podemos. Antes de apoiar a emedebista, o Podemos flertou com a possibilidade de lançar um candidato próprio. Nomes de Sergio Moro, que deixou o partido pouco depois de sua filiação, do senador Álvaro Dias e do general Santos Cruz chegaram a ser considerados para uma candidatura própria.
Ao lado de Tebet, a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), destacou a chapa composta por mulheres e exaltou a participação da mulher na política. Para ela, Tebet e sua candidata a vice, Mara Gabrilli, funciona como uma solução para o que ela classificou como tempos de ódio por causa da política.
“O Brasil está muito dividido. A política tem gerado ódio, divisão, e, mais do que nunca, precisa desse olhar cuidadoso, maternal. Precisa do instrumento que de fato vai mudar nosso país, que é o amor. Por isso estamos engajadas, eu, Simone Tebet e Mara Gabrilli, para mostrar que nossa força está viva. As mulheres irão à luta”, disse a presidente do Podemos.
Ainda nesta semana, a campanha de Tebet havia confirmado o nome de Gabrilli (PSDB), sua colega no Senado, como candidata a vice-presidente na chapa. Gabrilli, que é cadeirante, tem atuação destacada na defesa dos direitos das pessoas com deficiência e das pautas femininas.
Em seu breve discurso durante o anúncio, Tebet exaltou uma das pautas mais caras ao Podemos, que é o combate à corrupção. A candidata à Presidência pelo MDB, exaltou o histórico das candidatas da chapa e criticou o chamado “orçamento secreto”. É assim que passaram a ser conhecidas as emendas do relator-geral do Orçamento, que, na prática, podem ser usadas como moeda de troca de favores políticos por não haver informação clara de quem as recebe e qual o valor repassado.
“Esta candidatura é uma candidatura de ficha limpa. Ela está pronta para dizer não à corrupção e sim ao combate à corrupção. O desvio de dinheiro público está matando no posto de saúde, na falta de remédio e médico. Está matando o futuro das nossas crianças, que não têm creche e não têm ensino de qualidade”, disse Simone. “Dinheiro tem, só está sendo guardado, utilizado por meia dúzia de congressistas nos orçamentos secretos lá nos rincões dos municípios mais distantes do nosso país, sem sabermos se efetivamente o dinheiro chegou”.