uspeito é investigado ainda pelo crime de organização criminosa. Ação resultou ainda na recuperação de mais de R$ 20 milhões em cargas roubadas.
A Polícia Civil de Goiás prendeu em flagrante, nesta quinta-feira (24/06), um empresário apontado como o maior receptador de cargas de ferro e aço do Estado. A detenção faz parte da Operação Fogo Amigo, realizada de forma conjunta entre a Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) e a Secretaria Estadual da Economia. O indivíduo é investigado ainda por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Os crimes passaram a ser apurados há seis meses, depois que as equipes identificaram aumento dos casos de subtrações de materiais utilizados na construção civil, oriundos do Maranhão, Minas Gerais e Pará. De acordo com o titular da especializada, delegado Alexandre Bruno de Barros, o esquema criminoso contava com a participação dos motoristas, responsáveis pelo transporte das cargas.
“A organização criminosa se utilizava de aplicativo e outras plataformas para a realização de negócios jurídicos envolvendo o transporte de ferro e aço. Ocorre que os motoristas ligados ao grupo, após fazerem o carregamento, desviavam a rota estabelecida e entregavam o produto a receptadores certos, dentre eles, empresários do ramo de compra e venda do citado produto, com sede comercial em Goiás”, explicou.
Ao longo da apuração, os policiais descobriram que o suspeito detido era o principal financiador do esquema. Ele foi localizado e preso em flagrante em um galpão de Aparecida de Goiânia, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão. No local, os policiais apreenderam mais de R$ 20 milhões em cargas de aço e ferro, três veículos de luxo, pertencentes ao empresário, além de dois caminhões.
“Seus sócios ainda também poderão ser presos em razão de representação pelas prisões preventivas. Mais de 15 motoristas já foram envolvidos nesse esquema”, informou o delegado. Todas as cargas subtraídas serão restituídas aos reais proprietários. A Secretaria da Economia realizou as autuações tributárias devidas, cujos valores em multas ultrapassam R$ 2 milhões.
(Com informações da Secretaria de Segurança Publica de Goiás)