Mandados de busca e apreensão são cumpridos em Goiânia e Porangatu
O Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial do Patrimônio Público (GAEPP), realizou na manhã desta terça-feira (03/9), a Operação Depuração. A ação tem como objetivo investigar possíveis fraudes em um concurso público organizado pela Câmara Municipal de Porangatu.
A operação cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, sendo três deles em Goiânia e sete em Porangatu. Os alvos da operação incluem agentes públicos, entre eles um vereador, além de empresários vinculados à empresa responsável pela organização do concurso. As ordens judiciais foram emitidas pela Vara Criminal de Porangatu.
Segundo o MPGO, as investigações apontam a existência de várias irregularidades durante a realização do concurso e na aplicação das provas. Entre as supostas fraudes estão a falsificação de documentos, simulando que foram elaborados pela comissão organizadora, a falta de divulgação adequada do concurso, a ausência de medidas básicas para prevenir fraudes nas provas e alterações injustificadas nos gabaritos.
A empresa responsável pela condução do concurso em Porangatu já está sendo investigada por suspeitas de irregularidades semelhantes em outros municípios goianos, como Morrinhos, Nazário, Uruana e Abadia de Goiás.
Os crimes investigados na Operação Depuração incluem associação criminosa, falsificação de documentos públicos, falsidade ideológica, fraude em concurso público, frustração do caráter competitivo de licitação e fraude em licitação e contrato. Esses crimes estão previstos no Código Penal Brasileiro.
A operação contou com a participação de 12 promotores de Justiça, além do apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MPGO e da Polícia Militar do Estado de Goiás.