Medida pode reduzir pressão sobre o sistema elétrico, mas divide a opinião pública e gera preocupações em setores econômicos
O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciará nesta quarta-feira (16/10) a decisão final sobre o retorno do horário de verão ainda em 2024. A medida está sendo avaliada como forma de reduzir os impactos da crise energética causada pela pior seca dos últimos 75 anos, conforme dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, realizará uma coletiva às 13h30 para apresentar o parecer, que será baseado em estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O relatório do ONS sugere que o horário de verão pode diminuir a pressão sobre o sistema elétrico em até 2,9% no horário de pico, gerando uma economia de cerca de R$ 400 milhões entre os meses de outubro e fevereiro.
No entanto, setores como o de aviação criticam a possível mudança, alegando transtornos com horários de voos já programados. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) pede um prazo de 180 dias para a implementação, mas o governo planeja adotar a medida ainda em novembro, caso seja aprovada nesta semana.
O horário de verão, extinto em 2019, divide a população: 47% dos brasileiros são a favor e 47% contra, segundo pesquisa Datafolha. A decisão de hoje pode impactar diretamente a gestão energética e a economia nos próximos meses.
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