Renato Rodrigues já disputou torneios em diversas cidades goianas, e divide a paixão pelo skate com o trabalho na serralheria da Comurg, onde atua confeccionando lixeiras, alambrados e brinquedos para as praças de Goiânia
Ele ganhou seu primeiro skate aos 13 anos de idade, e, aos poucos, a brincadeira despretensiosa com os amigos de escola foi se convertendo em medalhas. Hoje, aos 33 anos, Renato Rodrigues Nascimento compartilha com o filho Isaque Gabriel, de 12 anos, a paixão pelo esporte radical. Pai e filho disputam no próximo domingo (18/9) o campeonato Parreira Skate de Rua, em Inhumas, a 48 quilômetros de Goiânia.
“As expectativas são as melhores. Estamos treinando ao longo das semanas para correr bem e tirar colocações boas”, afirma Renato, que vai disputar a categoria amador, enquanto o filho, a categoria iniciante. A competição acontece a partir das 14h, na pista do Lago Lúzio de Freitas. Em jogo estará a melhor manobra (best trick) e uma disputa de manobras entre os participantes (game of skate).
Além de skatista amador, Renato é colaborador da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) desde 2009. Começou na Coleta Orgânica, e hoje trabalha na serralheria, onde atua confeccionando lixeiras, alambrados e brinquedos para as praças da capital, dentre outros itens. Ele conta que adora trabalhar na Comurg, e que todos os dias, após o expediente, troca o uniforme laranja por calça, camiseta e tênis para se dedicar à prancha com rodas.
“O skate é um hobbie e também um estilo de vida. Faz parte da minha história, não consigo ficar sem”, reflete. Esse amor pelo esporte também foi ensinado ao filho desde muito cedo. “O Isaque Gabriel ganhou o primeiro skate dele com 3 anos de idade”, relembra.
Renato e Isaque já participaram de inúmeros campeonatos em cidades como Goiânia, Brasília, Itaberaí e Santo Antônio de Goiás. As medalhas juntadas nessa trajetória também são muitas. Em 2017, Renato conquistou o segundo lugar no Circuito Goiano de Skate, concorrendo com skatistas de todo o estado. Já Isaque tirou primeiro lugar no tradicional campeonato de Anápolis, em 2018.
Os dois têm como inspiração a skatista maranhense Rayssa Leal, a Fadinha, que aos 13 anos de idade encantou o Brasil e o mundo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados no ano passado. “Ela evoluiu, virou profissional muito rápido”, elogia Renato.