Neste sábado, 26, a operação realizada para capturar Lázaro Barbosa entra no 18º dia de buscas. O dia começou sem o cerco que era mantido em região de chácaras em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás e durou mais de 30 horas. Novo bloqueio foi feito por volta das 8h30 na mesma estrada de terra, próximo a BR-070, a 6,4 km da base da força-tarefa. Moradores são revistados para poder ter o acesso liberado.
O movimento é intenso na base de operação no início desta manhã. Por volta de 8h30 várias viaturas deixaram a base com destinado a Águas Lindas de Goiás.
Perfil fake
Segundo a polícia, Lázaro Barbosa usou um aparelho celular roubado para criar um perfil fake no Facebook. A polícia monitorava o telefone, que foi levado pelo suspeito no último dia 15, quando ele invadiu uma chácara e fez três pessoas da mesma família reféns. As vítimas foram resgatadas por uma força-tarefa durante dramática ação que resultou em troca de tiros.
Presos
Em entrevista coletiva na noite de quinta-feira, 24, o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Rocha Miranda, declarou que seria impossível o criminoso agir sozinho por tanto tempo. “Abrimos uma nova linha de investigação porque, na nossa cabeça, não era possível um sujeito desse ter essa habilidade toda sem apoio. Temos desconfiado disso desde do início”, afirmou.
Com os presos, a polícia apreendeu duas armas de fogo e mais de 50 munições. De acordo com as informações da força-tarefa, uma dessas armas foi roubada em um dos crimes de que Lázaro é suspeito.
Entenda o caso
Lázaro é acusado de matar quatro pessoas, balear três, invadir chácaras, fazer reféns e atear fogo em uma casa entre 6 de junho e esta terça-feira (15/6). Em crime que chocou o Distrito Federal, ele matou pai, mãe e dos dois filhos no Incra 9, em Ceilândia, na quarta-feira (9/6).
O empresário Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, e os filhos dele, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, foram mortos em casa. A mãe, Cleonice Marques, 43, foi encontrada quatro dias depois, também sem vida, em um córrego próximo ao local em que morava.
Lázaro também é suspeito de matar o caseiro de uma fazenda no distrito de Girassol, em Cocalzinho de Goiás, quatro dias antes da chacina em Ceilândia (DF). De acordo com o delegado Rapahel Barboza, o suspeito entrou na propriedade atirando e não levou nenhum pertence da vítima. Segundo informações do G1, o caso aconteceu no dia 5 de junho.
Durante a fuga, que ultrapassa duas semanas, Lázaro deixou um rastro de crimes por onde passou. Em 12 de junho, ele fez seis pessoas reféns por quase sete horas e atirou em três delas. Até essa terça-feira (22/6), uma das vítimas continuava internada no Hospital de Urgências de Anápolis. No entanto, boletim da unidade de saúde informou que o paciente estava consciente, orientado e estável. Os outros dois homens baleados receberam alta, mas o hospital não deu detalhes sobre o tratamento médico deles.
Em 15 de junho, Lázaro feriu mais uma pessoa. O fugitivo estava com três reféns e, durante troca de tiros com a polícia, atingiu de raspão o rosto de um PM. Contudo, o militar recebeu alta hospitalar no mesmo dia.