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Sérgio Couto

Fião antes da Codego: Conheça a história de Manoel Castro de Arantes

"Eu era Office Boy em um escritório de contabilidade"

Foto: Divulgação

Manoel Castro de Arantes, também conhecido por Fião, completa neste mês, um ano como presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego). Ele foi indicado pelo governador Ronaldo Caiado e aprovado pelo Conselho de Administração para assumir o cargo na estatal em abril de 2022. Mas, antes disso, ele já possui um grande legado de trabalho na política, também como bancário, contador, empresário e agropecuarista na região de Goianésia. Em entrevista ao Ogoiás, Fião conta um pouco da sua história vida.


Em 1967, o filho da dona Geralda Castro de Souza e do senhor José Carrilho de Castro começou a trabalhar em um escritório de contabilidade. “Comecei como Office Boy buscando documento na rua; também limpava o chão, passava cera, batia escovão e quando sobrava tempo eu passava a ser escriturário”, conta Fião.


Com 21 anos, ele viveu a experiência de realizar um dos seus sonhos de criança: virou bancário depois de passar em um concurso do Bradesco. Trabalhou no banco por aproximadamente um ano, quando seu ex-patrão, Manoel Dias, o procurou oferecendo o escritório de contabilidade, que foi adquirido de forma parcelada, “18 parcelas, deu certo, paguei!”.


Com o trabalho desenvolvido no escritório, Fião acabou se tornando uma liderança na cidade. Ele, então, foi convidado a se filiar e fazer parte do diretório do partido ARENA (Aliança Renovadora Nacional). “Fiz parte do diretório como secretário do partido”, lembrou. Mas ele não era o primeiro da família a participar da política. Antes, seu avô José Carrilho Arantes, foi vereador em Jaraguá (1951-1955), representando a região onde posteriormente surgiu o povoado Calção de Couro, hoje Goianésia. “Ele é quem abriu essa estrada, a GO-230, que liga Rianápolis à Goianésia”, lembra Fião.

Foto: Arquivo Pessoal/Manoel de Castro

Seguindo o legado do avô, em 1972, Fião concorreu ao cargo de vereador e foi à luta para conseguir os votos. Resultado: foi eleito entre os quarto mais votado do pleito, vereador mais jovem da história de Goianésia, com 24 anos e, presidente da Câmara (1973-1974).


Fião e a família Lage

Depois que exerceu o mandato de vereador, apesar de não ser mais candidato, Fião sempre participou da política e continuou fazendo parte do diretório do partido. “Quando o Dr. Otávio Lage foi candidato a governador, em 1982, eu fui convidado a ajudar fazendo campanha no Vale do São Patrício, participando das articulações e nos bastidores”, lembra.


Fião conta que sua família sempre foi companheira da família Lage. “Meu avô era capatás do Jalles Machado de Siqueira, em Buriti Alegre. Inclusive, foi o Jalles quem trouxe ele aqui para a região do Calção de Couro”.


A parceria durou 66 anos. Fião conta que em 2004, aproximando das eleições municipais, o diretório do partido [na época PFL] tinha escolhido Otavinho para ser candidato a prefeito de Goianésia e queria que ele [Manoel de Castro] fosse o candidato a vice, mas Fião disse que “a família lage não concordou. Nem o Otávio Lage, nem os 3 filhos dele quiseram que eu fosse o vice”. Em 2005, Fião decidiu deixar o grupo político da família Lage e criou o diretório do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) em Goianésia. Desde então, sempre trabalhou na política de bastidor.


Legado de pai para filho

Com um novo grupo formando, na eleição seguinte, Renato de Castro, filho de Fião, foi indicado para concorrer ao cargo de vice-prefeito na chapa do ex-prefeito Gilberto Naves (MDB), em 2008. Eles foram eleitos com 17.314 votos (53,63%). Ao fim do mandato, Gilberto Naves renunciou ao cargo para que o vice assumisse a gestão municipal até a conclusão do exercício. Renato ficou, então, 47 dias como prefeito titular.


Em 2012, tentaram a reeleição, porém, não tiveram o mesmo sucesso. Ná época, Jalles Fontoura (PSDB) foi quem venceu as eleições.


Depois disso, Renato foi eleito deputado estadual, em 2014, e depois eleito prefeito de Goianésia, em uma disputa contra o então prefeito Jalles que disputava a reeleição.


Em 2020, Fião conta que Renato foi impossibilitado de concorrer a reeleição. “O MDB puxou o tapete dele. Não deixou ele sair candidato. Foi então que ele lançou o atual prefeito como candidato na base dele”, explicou.


Apesar dos obstáculos políticos, em 2022 Renato disputou novamente cargo de deputado estadual, foi eleito, e hoje além de ser um dos representantes na Assembleia Legislativa, preside uma das principais comissões da Casa: A de Tributação, Finanças e Orçamento.

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