Acumulado do ano mostra queda de 4,1%, diz Abimaq
O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos cresceu 3,6% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo balanço divulgado hoje (29) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a receita líquida total ficou em R$ 28 bilhões. De de janeiro a maio deste ano, o setor acumula queda de 4,1% na receita em relação a 2021.
Na avaliação da Abimaq, o resultado reflete a sinalização de bom desempenho dos negócios durante feiras importantes, como a Agrishow, de tecnologia agrícola, no fim de abril; e a Feimec, exposição de máquinas e automação industrial no começo de maio. Na comparação com abril, o faturamento do setor cresceu 18,6%. A expectativa da indústria é de crescimento de 3,8% neste ano.
“Desde o mês de janeiro, vínhamos acumulando quedas, principalmente quando se compara com o mesmo mês do ano anterior. Maio foi o primeiro mês do ano a registrar crescimento interanual. Esse crescimento se deu pela primeira vez no mercado doméstico. As exportações já vinham com crescimento ao longo do ano e, a partir do segundo trimestre do ano passado, o mês de maio teve o resultado puxado por vendas tanto no mercado doméstico quanto nas exportações”, disse a economista da Abimaq Cristina Zanella.
Os resultados mostram um início de ano mais fraco no mercado doméstico, mas o segmento voltou a crescer em maio. Na comparação com abril, já considerando o ajuste sazonal, houve aumento de 11,4% no faturamento com vendas internas. Na comparação com maio de 2021, o resultado (3,4%) interrompe uma série de seis quedas consecutivas. No período analisado, houve forte crescimento na receita de máquinas para uso industrial e na venda de máquinas para fins agrícolas e de construção civil.
Quanto às exportações, manteve-se a tendência de crescimento observada desde o início do ano, mesmo com uma pequena desvalorização do dólar em relação ao real. Em maio, houve crescimento de 33,4% no faturamento com exportações na comparação com maio de 2021. A expectativa do setor é que o ganho com as exportações cresça 15% neste ano.