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Ana Paula Gusmão

Em novembro, Ipasgo não cobra por exames para detecção de câncer de próstata

Em ação inédita do Instituto, isenção temporária de coparticipação marca o Novembro Azul, campanha que alerta sobre importância do diagnóstico precoce do segundo tumor mais frequente entre os homens

Homens com mais de 40 anos e beneficiários do Ipasgo Saúde poderão fazer exames de prevenção do câncer de próstata sem necessidade de custear a coparticipação — Foto: Ricardo Pojo/ Ipasgo

Usuários do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) não precisam pagar coparticipação na realização do exame Antígeno Prostático Específico (PSA), voltado à detecção de câncer de próstata, o segundo tumor mais frequente entre os homens, cuja prevalência é superada apenas pelo câncer de pele, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O benefício vale até o dia 30 deste mês, como parte do Novembro Azul, campanha nacional de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e de medidas preventivas. A isenção do pagamento é algo inédito na história do instituto.


“Campanhas de prevenção são primordiais. Se há detecção precoce do câncer de próstata, há cura para a maioria dos casos, como mostram tantos estudos”, pondera o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz. A meta, segundo ele, é ampliar as ações preventivas, inclusive em relação a outras doenças, e fixar no calendário do instituto as isenções de coparticipação em mamografias, no mês de outubro, e em PSA, em novembro. Os benefícios já estão previstos também para o ano de 2023.


“Essas ações são exemplos do que nós queremos implementar e aprimorar daqui para a frente. Entendo que, com elas, podemos melhorar substancialmente a qualidade de vida dos nossos usuários e estar ainda mais próximos deles”, acrescenta. Até o dia 30, o PSA, um exame feito no sangue, pode ser realizado sem custo em qualquer clínica ou laboratório da rede credenciada ao Sistema Ipasgo Saúde, mediante agendamento prévio.


Público-alvo

O público-alvo da campanha do Ipasgo são os homens com mais de 40 anos, idade a partir da qual há maior incidência de câncer de próstata. Na fase inicial, as chances de cura chegam a 90%. Apesar disso, ele é o segundo tipo que mais mata homens brasileiros, atrás do tumor no pulmão. Dados do Ministério da Saúde apontam que entre 2019 e 2021 morreram 47 mil pessoas em razão dessa doença. Só no ano passado foram 16.055 mortes, o que correspondeu a 44 óbitos por dia.


Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas. Quando surgem indícios como dificuldade para urinar, disfunção erétil, dores pélvicas ou ósseas, micção frequente, presença de sangue na urina ou no sêmen, em geral, é sinal de avanço da doença. Além disso, os sintomas podem ser confundidos com outras enfermidades que afetam a própria próstata ou aparelho urinário.


O Inca estima que, até o final deste ano, o País deve contabilizar 65.840 novos casos de tumor maligno nessa glândula. No último biênio, o Brasil registrou 62,95 diagnósticos positivos a cada 100 mil homens.

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