“Reforma Agrária tem de ser feita dentro da lei, com planejamento que permita às famílias assentadas produzirem”, afirma governador
O governador Ronaldo Caiado criticou a invasão à fazenda São Lukas, em Hidrolândia, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A ação foi realizada na última segunda-feira (24/7), por cerca de 600 famílias do MST, com autorização do próprio Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), hoje responsável pela propriedade.
“Reforma Agrária tem de ser feita dentro da lei, com planejamento que permita às famílias assentadas produzirem com qualidade, garantindo assim o seu sustento”, afirmou Caiado em seu perfil nas redes sociais. A destinação da propriedade rural para famílias sem-terra foi definida pelo Governo Federal, mas a ocupação ocorre de forma precipitada, antes dos encaminhamentos legais e sem o planejamento adequado.
“Invasões assim não resolvem o problema, não asseguram renda digna às famílias que estão lá. Servem muito mais para fomentar a desordem”, ressaltou o governador, ao lamentar a situação precária em que as pessoas serão submetidas no local, sem estrutura adequada como água tratada e alimentação.
O aval do Governo Federal para ação do MST não interfere, segundo Caiado, na política adotada pelo Governo de Goiás. “Faço questão de informar que as áreas públicas e particulares no Estado de Goiás não sofrerão invasão. Em Goiás, continuará prevalecendo a ordem e o princípio de direito à propriedade privada”, reforçou.
A fazenda São Lukas foi incorporada ao patrimônio da União em 2016 após a prisão de uma quadrilha de traficantes de mulheres, que utilizavam o local para o crime. A propriedade já havia sido invadida em março deste ano pelo mesmo grupo e a desocupação foi realizada com apoio da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) de forma pacífica para que o trâmite legal fosse cumprido.