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Redação Ogoiás

Atlas da Obesidade identifica estado nutricional dos goianos

Atualizado: 22 de mar. de 2022

O documento, que faz a identificação do estado nutricional da população goiana, estratificada por municípios, regionais de saúde e faixa etária, é resultado do projeto de pesquisa do Ministério da Saúde “Ações de Enfrentamento e Controle da Obesidade no Âmbito do SUS no Estado de Goiás”

A obesidade em Goiás está aumentando em praticamente todas as idades, segundo os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (Sisvan/MS). Em 10 anos, apenas as crianças menores de cinco anos mantiveram estável o índice do excesso de peso.


A constatação foi divulgada no Atlas da Obesidade no Estado de Goiás, desenvolvido por pesquisadoras da Faculdade de Nutrição (Fanut) e do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG), em parceria com a Secretaria da Saúde de Goiás.


O documento, que faz a identificação do estado nutricional da população goiana, estratificada por municípios, regionais de saúde e faixa etária, é resultado do projeto de pesquisa do Ministério da Saúde “Ações de Enfrentamento e Controle da Obesidade no Âmbito do SUS no Estado de Goiás”.


De acordo com o estudo, os adolescentes goianos tiveram o maior aumento no número de pessoas com sobrepeso e obesidade por faixa etária. Entre eles, no intervalo de 2010 e 2020, a prevalência teve um aumento relativo de 80%, passando de 18,2% em 2010 para 32,7% em 2020.


Já as crianças entre 5 e 9 anos tiveram um aumento de 30% (passando de 25,7% para 33,5%). Nos adultos, o aumento foi de 47% (de 44,7%, em 2010, atingindo 66,7% em 2020), e nos idosos de 25% (de 38,8% passaram para 48,4%). As crianças menores de 5 anos mantiveram o índice em 15%.


O fato de as crianças de até 4 anos não apresentarem a tendência de aumento das outras faixas etárias foi um fenômeno recebido com surpresa pelas pesquisadoras. Segundo a coordenadora do projeto de pesquisa e professora da Fanut (UFG), Maria da Rosário Gondim Peixoto, algumas hipóteses são lançadas sobre esse dado.


Segundo ela, o aumento da prevalência do aleitamento materno na última década no Brasil pode estar relacionado. “Apesar das práticas alimentares saudáveis em crianças menores de cinco anos estarem aquém do ideal, há evidências científicas de que o aleitamento materno protege as crianças do ganho excessivo de peso”.


Além dos dados gerais de obesidade e sobrepeso em Goiás, o Atlas, de forma inovadora, apresenta os dados também estratificados por municípios e regionais da saúde, e identifica as diferenças de prevalências de sobrepeso e obesidade de acordo com a fase da vida (crianças menores de 5 anos, crianças de 5 a 9 anos, adolescentes, adultos, idosos e gestantes).


“Ele fornece informações para gestores e profissionais de saúde dos 246 municípios de Goiás para a tomada de decisão e planejamento das atividades de promoção da saúde, prevenção e manejo das doenças crônicas”, afirma Maria do Rosário .


Para a coordenadora do projeto, o Atlas também tem o papel de sensibilizar “os profissionais de saúde para a relevância de lançar com regularidade os dados sobre o peso e a estatura e do consumo alimentar dos usuários da atenção primária à saúde (APS) no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan)”.


Segundo Maria do Rosário, as ações desenvolvidas para a prevenção e controle da obesidade na atenção primária à saúde não estão sendo suficientes para conter seu avanço. “Esse fato reforça a relevância do fortalecimento de ações multissetoriais, envolvendo secretarias de Infraestrutura, Saúde, Educação, Agricultura, Economia e Segurança Pública, entre outras. Além da educação permanente de gestores e profissionais nas novas estratégias preconizadas para o manejo individual e coletivo da obesidade na APS do SUS”, afirma.

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