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Redação Ogoiás

53 trabalhadores são resgatados em condição análoga à escravidão em usina de cana-de-açúcar em Goiás

Trabalhadores vítimas são do Maranhão, Piauí e Bahia

53 trabalhadores são resgatados em condição análoga à escravidão em usina de cana-de-açúcar em Goiás
Foto: Divulgação/MTE

Uma força-tarefa composta por auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) conduziu uma operação, na terça-feira (24/10), de resgate de 53 trabalhadores rurais em situação de trabalho análogo à escravidão no município de Inhumas. Os trabalhadores resgatados estavam envolvidos na colheita de cana-de-açúcar para uma usina sucroenergética local. A investigação revelou que eles haviam sido recrutados irregularmente por intermediários conhecidos como "gatos" nos estados do Maranhão, Piauí e Bahia. Estes intermediários recebiam R$ 43 mensais por trabalhador recrutado.


As condições de alojamento dos trabalhadores eram precárias, com diversos barracos em Inhumas, Araçu e Itaberaí sendo descritos como "subumanos". Muitos trabalhadores não tinham camas nem colchões adequados, dormindo diretamente no chão. A falta de instalações sanitárias nos locais de trabalho os obrigava a realizar suas necessidades no campo. Além disso, a ausência de pausas adequadas e equipamentos de proteção individual em boas condições agravava a situação dos trabalhadores.


Os auditores-fiscais do trabalho notificaram a empregadora para rescindir os contratos de trabalho de todos os trabalhadores resgatados e pagar as verbas rescisórias no valor total de R$950 mil. No entanto, a empresa se recusou a efetuar os pagamentos, o que resultará em ação na Justiça do Trabalho.


Para facilitar o retorno dos trabalhadores às suas cidades de origem, os auditores do Ministério do Trabalho providenciaram passagens de ônibus com recursos da União. Além disso, todos os trabalhadores resgatados foram cadastrados no sistema de "seguro-desemprego de trabalhador resgatado" e receberam três parcelas do benefício, cada uma equivalente a um salário mínimo, conforme a legislação.

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